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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

* A PARTICIPAÇÃO CONGREGACIONAL NA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE PRINCETON.


Vista da Universidade de Princeton


A Fundação da Universidade de Princeton (1) como a de outras universidades americanas foi uma das conseqüências do Grande Despertamento. Uma série de Reavivamentos religiosos que varreu as colônias na América do Norte no século XVIII. Começou por volta de 1720 em reuniões na Raritan Valley Dutch Reformed liderada pelo pastor, Theodorus Jacobus Frelinghuysen, e enfatizava a religião do coração mais do que doutrina e liturgia.
Na Nova Inglaterra o movimento foi liderado pela pregação fervorosa do pastor Congregacional Jonathan Edwards, em Northampton, Massachusetts. Estas e outras atividades foram estimuladas nos anos de 1739 a 1741 pelas visitas do evangelista inglês George Whitefield.
Na Nova Inglaterra, o excesso emocional e por vezes fanático de alguns dos seguidores do revivamento deixou uma amarga divisão entre as igrejas e causou uma cisão na Igreja Presbiteriana entre 1741-1758, conhecida como o Grande Cisma. Os que aceitavam o Reavivamento eram tidos como os das “Novas Luzes”, os que não aceitavam como os das “Velhas luzes”.
ORIGEM DO COLÉGIO DE PRINCETON.
Os quatro autores originais do Colégio de Princeton eram membros da ala moderada da Nova Luz. Três deles foram diplomados de Yale: Jonathan Dickinson, pastor em Elizabethtown; Aaron Burr, pastor em Newark, John Pierson, pastor em Woodbridge. O quarto, Ebenezer Pemberton, pastor da Igreja Presbiteriana em Nova York, era um graduado de Harvard. Eles acreditavam no Reavivamento e congratularam-se com George Whitefield nos seus púlpitos.
O que aconteceu é que decepcionados pela oposição de Yale e Harvard para com o Grande Despertamento e não satisfeitos com o curso limitado da instrução dada no Log College, estes homens conceberam um plano para a criação de um novo colégio. Os quatro ministros persuadiram três líderes leigos presbiterianos, em Nova York para participar com eles. Estes três, também foram diplomados de Yale: William Smith, advogado, Peter Van Brugh Livingston, comerciante, e William Smith, um jovem que foi um generoso defensor da Igreja e um ardente patriota. A necessidade de uma instituição de ensino superior nas colônias médias era urgente, devido a distância pêra ir a outros colégios.
No fim de 1745 ou no início de 1746 estes sete homens pediram uma carta ao Governador Lewis Morris, um Anglicano, que recusou a sua petição.
Após a morte de Morris, eles foram ao Governador John Hamilton. Embora também um Anglicano, Hamilton foi mais liberal em sua opinião do que Morris e com o consentimento do seu Conselho, em que havia um número de amigos da Academia, ele concedeu uma carta em 22 de outubro de 1746. Formava-se o Colégio de New Jersey com 10 jovens matriculados. O clero anglicano depois se queixou de que isso foi feito de forma súbita.
Em 27 de abril de 1747, os curadores anunciaram a eleição de Jonathan Dickinson como presidente do Colégio no presbitério de Elizabethtown. O Colégio mudou-se para o presbitério de Newark, e Aaron Burr foi eleito o segundo presidente.
Quando a primeira carta foi atacada- os Anglicanos sustentaram que Hamilton estava aposentado quando concedeu a mesma e ameaçaram testar a sua validade num tribunal - o próximo governador, Jonathan Belcher, graduado de Harvard e Congregacional, descendente dos “Pais Peregrinos”, (separatistas congregacionalistas, que estão na origem dos Congregacionais americanos. Estes primeiros separatistas congregacionais, vindos da Holanda e da Inglaterra no famoso navio Myflower, se fixaram em Plymouth Rock em 11 de Dezembro de 1620), emitiu uma segunda em 14 de Setembro de 1748. Esta carta deixou intactas as características essenciais da primeira, mas desenvolveu a preocupação dos fundadores que fosse para “o Estado, bem como para a Igreja'', e tornou o governador de New Jersey administrador ex officio, inclusive entre os nomeados para um largo conselho de vinte e três curadores, quatro membros do Conselho Provincial e outros proeminentes leigos, dois dos quais eram membros da Sociedade dos Amigos, dois da Igreja Episcopal, e um da Igreja Reformada Holandesa. Em 1756 o Colégio mudou-se para Princeton. E em 1896 mudou seu nome para Princeton University.
Os esforços de Belcher em nome do Colégio tendiam a eclipsar o trabalho dos fundadores anteriores. Embora ele se referisse ao Colégio como seu "filho adotivo", os curadores disseram que o consideravam como “fundador, patrono e benfeitor'' do Colégio.
Posteriormente outros historiadores - Presidente Maclean e Wertenbaker Collins - têm, com ampla documentação, restaurado as fases anteriores de Princeton dando uma perspectiva equilibrada do papel Jonathan Belcher na fundação do Colégio.

NOTA:
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1- "A Universidade de Princeton, também considerada uma das melhores do mundo, foi fundada em 1746 como Colégio de Nova Jersey. Seu fundador foi o Governador Jonathan Belcher, que era congregacional, atendendo ao pedido de homens presbiterianos que queriam promover a educação juntamente com a religião reformada. Atualmente, é reconhecida como uma das mais prestigiadas universidades do mundo, oferecendo diversos graus em graduação e pós-graduação, mais notavelmente o grau de Ph.D.. Está classificada como a melhor em muitas áreas, incluindo matemática, física e astronomia, economia, história e filosofia". (Augustus Nicodemus Lopes em: http://tempora-mores.blogspot.com/2009/02/lancada-carta-de-principios-2009-do.html )

Para o pioneirismo Congregacional em educação leia neste blog:
CONGREGACIONAIS; TRADIÇÃO DE PIONEIROS (Veja Menu no lado direito)
Para mais informações veja o site oficial da Univerdade: http://www.princeton.edu/pr/pub/ph/08/history/
E MAIS:

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* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
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NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM