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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A PLATAFORMA DE CAMBRIDGE



Muitas pessoas acham que o grande documento de política Congregacional é a Declaração de Savoy de Fé e Ordem, mas é engano. Savoy é um documento em sua maior parte teológico refletindo a Teologia da Confissão de Westiminster, tão em voga na Inglaterra na época. O grande documento histórico de política Congregacional é a Plataforma de Cambridge. 

Esta é  uma nova edição da Plataforma, o documento produzido em 1648 que articulou pela primeira vez o princípio fundamental da política Congregacional. Esta forma independente do governo da igreja que é o património das igrejas congregacionais.  Peter Hughes fez a Plataforma Cambridge disponível e acessível a uma nova geração de ministros e leigos, com citações bíblicas, ortografia e pontuação  modernizados e um prefácio que aborda o valor contemporâneo desta pedra de toque da liberdade religiosa. Alice Blair Wesley introduz os leitores modernos nas pequena comunidade de imigrantes do século XVII da Nova Inglaterra, que se reuniram na faculdade de Harvard para elaborar uma declaração de independência religiosa.

Sumário:

·         Introdução de Alice Blair Wesley;

·         Prefacio;
·         A  forma de Governo da Igreja o que é único, imutável, e prescrito na Palavra de Deus;
·         Da natureza da Igreja Católica em geral e, em especial, de uma Igreja particular visível;
·         Da questão da Igreja visível tanto em termos de qualidade e quantidade;
·         Da forma de uma Igreja visível e do Pacto da Igreja;
·         Do primeiro tópico do poder da Igreja ou, a quem o poder da Igreja porventura primeiro pertence;
·         Dos dirigentes da Igreja, e especialmente de pastores e professores;
·         De presbíteros regentes e diáconos;
·         Da eleição dos Líderes da Igreja;
·         De ordenação e imposição de mãos;
·         Do poder da Igreja e do seu Presbitério
·         Da manutenção dos líderes da Igreja
·         Da admissão de membros na Igreja
·         Dos membros da Igreja, a transferência de uma igreja para outra, e de cartas de recomendação e demissão;
·         Da excomunhão e outras censuras;
·         Da Comunhão de Igrejas umas com as outras
·         Dos Sínodos;
·         Do poder do magistrado civil em assuntos eclesiásticos;
·         Referências das Escrituras
·         Bibliografia

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2 comentários:

Sergio Sangiolle disse...

Só li agora, muito bom este documento, que serve para mostrar a atuação das primeiras comunidades congregacionais.

JOELSON GOMES disse...

Olá grande Sérgio, volte sempre.

* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
___________________


NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM