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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PENSAMENTOS DE JONATHAN EDWARDS SOBRE DEUS

O pastor Congregacional Jonathan Edwards
 Por Don Kistler


Jonathan Edwards apresentou esta razão convincente quanto à existência de Deus: "Deus é um ser necessário porque é uma contradição supor que ele não existe. Deus é um ser necessário porque é impossível que ele não exista, pois não há outra alternativa. Não há nenhuma segunda [alternativa] para fazer a disjunção. Não há nada mais que possamos supor".

Este é um bom exemplo do método apologético de Edwards. Em sua obra clássica A Liberdade da Vontade, ele argumentou assim:
Primeiramente, ascendemos e provamos a posteriori, ou com base nos efeitos, que tem de haver uma causa eterna. Depois, em segundo lugar, provamos por argumentação, e não por intuição, que este ser tem de existir necessariamente. Depois, em terceiro lugar, com base na necessidade provada da existência deste ser, podemos descer e provar muitas de suas perfeições a priori.
Em sua primeira obra filosófico-teológica, Do Ser, escrita enquanto ele era um adolescente, Edwards disse: "É totalmente impossível que haja o nada absoluto". Tem de haver um Ser eterno, porque negar isso envolve a impossível contradição de que o Nada existe.

Em suas "Miscelâneas", que lidam com os temas de Deus e seu Ser, as quais você pode achar em nosso novo livro Our Great and Glorious God (Nosso Grande e Glorioso Deus), Edwards argumenta sobre a existência e a necessidade da existência de Deus em termos do nada:
A única razão por que estamos prontos a opor-nos contra a absoluta, indivisível e incondicional necessidade da existência de Deus é que estamos prontos a pensar como se houvesse alguma segunda [alternativa]... Mas é por causa da miserabilidade de nossas concepções que estamos prontos a imaginar tal suposição. Há apenas conversa vazia onde há tal suposição, a menos que soubéssemos que o nada existia. Mas não podemos ter esse conhecimento porque não existe tal coisa.
Edwards colocou grande ênfase na lei da causalidade. Ele se referiu a Deus como "a Causa eterna".
Todos reconhecem que é autoevidente que nada pode começar a existir sem uma causa... Quando entendida, esta é uma verdade que terá, irresistivelmente, lugar na anuência. Portanto, se supomos um tempo no qual nada existia, um corpo não começaria a existir por iniciativa própria. Isto é o que o entendimento abomina: que alguma coisa veio a existir quando não havia nenhuma razão para ela existir.
Edwards era um grande fã do empiricista inglês John Locke. Uma das obras famosas de John Locke foi A Racionabilidade do Cristianismo. Edwards concordava com o fato de que todo efeito pode ter sua origem estabelecida numa causa, o que nenhum cristão inteligente contestaria:
É evidente que nenhuma das criaturas, nenhum dos seres que vemos é o princípio de sua própria ação, mas todas as alterações seguem uma cadeia procedente de outras alterações.
Em outras palavras, nada tem o poder de autocriação. Cada ação envolve uma decisão ou escolha anterior para que tal ação aconteça. Contudo, para alguma coisa querer, de si mesma, existir, ela tem primeiramente de existir para escolher, de si mesma, existir. Mas, se houve realmente o nada, quando nada existia, então, esse nada quis, ele mesmo, existir antes que existisse para fazer tal escolha. E essa possibilidade é uma impossibilidade!
Todos reconhecem que é autoevidente que nada pode começar a existir sem uma causa. Também não podemos provar isso de qualquer outra maneira senão por explicá-lo. Quando entendida, esta é uma verdade que terá, irresistivelmente, lugar na anuência. Portanto, se supomos um tempo no qual nada existia, um corpo não começaria a existir por iniciativa própria. O entendimento abomina o fato de que alguma coisa veio a existir quando não havia nenhuma forma ou razão para ela existir. Portanto, é igualmente autoevidente que um ser não pode, quanto à maneira de seu ser, começar a existir sem uma causa, tal como a de que, quando um corpo está em descanso perfeito, ele começa a se mover sem uma razão dentro ou fora dele mesmo. Portanto, "porque apenas aconteceu" não satisfará a mente, de modo algum. A mente pergunta qual foi a razão.
Assim, Edwards argumenta em favor da existência de Deus como sendo necessária, porque é impossível que o nada sempre existiu. Se há ser, esse ser tem de ser um Ser eterno. Para Edwards, e creio que para todos os seres racionais, ou algo veio do nada (o que é impossível, porque o nada não pode produzir algo), ou o que existe veio de Deus, um Ser eternamente existente. A escolha é entre Deus ou o nada.

É muito mais autoevidente que, se tudo veio de Deus ou do Nada, tudo deve ter vindo de Deus. Se Deus não tem outro competidor, exceto o Nada, ele não tem realmente um competidor. "Deus ou nada" e "somente Deus" são, portanto, expressões sinônimas.

Novamente, não existe tal coisa como o nada. Se pensamos que temos uma ideia a respeito do que é o nada, então, isso não é mais o nada, e sim alguma coisa. O nada se torna uma entidade existente. O nada se torna algo. Mostrando o estridente senso de humor pelo qual ele é distinguido, Edwards descreveu o nada desta maneira enquanto ainda era adolescente: "Nada é aquilo que as rochas dormentes sonham".
Para ilustrar isso com um dos atributos de Deus, considere a eternidade. É absolutamente necessário que a eternidade exista, e isso porque não há outra opção. Afirmar eternidade ou não eternidade não é uma disjunção, porque não existe tal coisa como fazer uma proposição a respeito de qualquer não eternidade. Também não podemos, em nossa mente, fazer uma suposição a respeito de uma não eternidade. Talvez façamos tal suposição em palavras, mas não é realmente uma suposição, porque as palavras não têm nenhum sentido no pensamento que lhes correspondam. São palavras tão sem sentido no pensamento que significam algo como isto: uma linha reta curvada, ou um círculo quadrado, ou um triângulo de seis ângulos. Se supomos que existe não eternidade, isso é o mesmo como se pudéssemos dizer ou supor que nunca houve tal coisa como duração, o que é uma contradição; porque a palavra "nunca" implica eternidade, e isso é o mesmo que dizer que nunca houve nenhuma duração desde toda a eternidade. Portanto, no próprio duvidar da coisa, nós a afirmamos.
Para Edwards, não havia outra opção, exceto a existência de Deus. Essa tinha de ser a única opção, porque era impossível não ser.

Há uma razão que pode ser apresentada para explicar por que Deus devia ter existência. A razão é que não há outra alternativa. Não existe algo concebível que possa ser colocado em confrontação com a existência de Deus como a outra parte da disjunção. Se há, é o nada absoluto e universal. Uma suposição de algo é uma suposição da existência de Deus. A existência de Deus não somente pressupõe esse algo, mas também o infere. Ela o infere não somente de maneira consequente, mas também de maneira imediata.

Deus é maior do que tudo que existe, e não há existência sem a existência de Deus. Todas as coisas estão nele, e ele está em tudo. Mas não há tal coisa imaginável como o nada absoluto. Falamos insensatez quando supomos que tal coisa existe. Enganamos a nós mesmos quando em nossa mente pensamos que supomos isso ou quando imaginamos que o supomos como algo que é possível. O que fazemos quando pensamos na absoluta niilidade (se posso falar assim) é apenas remover uma coisa para dar lugar a outra e supor esta outra. Neste caso, não há tal coisa como duas partes de uma disjunção. Quando falamos de existência em geral, falamos de um único ponto sem uma disjunção. Portanto, Deus existe porque não há outra alternativa. Deus existe porque não há nada mais que possamos supor.

A natureza de Deus

Nesta altura, Edwards começa a definir a Deus baseado na própria noção de que Deus existe. Se existe um Ser eterno, a quem chamamos Deus, há coisas a respeito deste Ser que têm de ser necessariamente verdadeiras.

Primeiramente, se alguma coisa sempre existiu, ela tem de ser eterna. Ela não tem começo e não tem fim. Se ela tem um começo, então, algo a causou antes, e esse algo é o ser Eterno. Todavia, qualquer que seja a origem de todo ser, este ser tem de ser eterno.
Nada chega a acontecer sem uma causa. O que é autoexistente tem de existir desde a eternidade e tem de ser imutável; mas, no que diz respeito às coisas que começam a existir, elas não são autoexistentes e, portanto, precisam ter fora de si mesmas algum fundamento para a sua existência. O fato de que tudo aquilo que começou a existir, não havendo existido antes, precisa ter uma causa por que começou a existir – este fato parece ser o primeiro ditame do senso comum e natural que Deus implantou na mente de toda a humanidade e o principal fundamento de todas as nossas argumentações sobre a existência de coisas passadas, presente e por vir.
Se algo é eterno, não deve ter defeito; pois, se tivesse defeitos, por fim decairia e perderia a existência. Ficaria velho, decairia e, por fim, deixaria de existir. Contudo, um ser eterno não pode ter nenhum defeito; tem de ser um ser perfeito e eterno.

Se ele é um ser perfeito e eterno, sua eternidade e perfeição exigiriam que fosse incapaz de mudar, a menos que essa mudança fosse uma regressão e uma negação de seu caráter. Mas, se algo regressasse de um estado perfeito para um estado imperfeito, ele não permaneceria perfeito ou eterno.

Se existe um ser eterno e perfeito, então, ele estabelece o padrão para todas as definições das coisas. Pois, em sua existência e antes de criar tudo mais, sua própria existência é o único padrão aplicável a qualquer coisa. Isto também seria verdadeiro porque não existe nada mais pelo que alguma coisa possa ser avaliada!

Portanto, tudo que este ser escolhe fazer será necessariamente a coisa certa, pois não há ninguém mais que o possa criticar. E, para criticar alguma coisa, precisa haver algo superior a essa coisa que já existe, certo? E não há possibilidade racional de um ser eternamente existente ter um ser superior a si mesmo; pois isso significaria que o ser superior seria o ser eternamente existente.

Isto nos leva à próxima conclusão necessária: tudo que existe deve sua existência à fonte original de existência. Esse primeiro ser, ou primeira causa, que, conforme vimos, tem de ser autoexistente, é, portanto, a fonte de tudo que existe. Isso obriga tudo que existe a total subserviência, porque, à medida que dependemos de algo para a nossa existência, somos obrigados a prestar honra a essa "coisa", seja o que for.

A Bíblia faz disso a razão por que os filhos devem honrar os pais, porque é de seus pais que eles têm sua existência. E, visto que os filhos dependem de seus pais para receberem todo tipo de sustento, eles são obrigados a honrar seus pais e a ser obedientes.

Em um sermão intitulado "A Justiça de Deus na Condenação de Pecadores", Edwards disse: "Nossa obrigação de amar, honrar e obedecer a qualquer ser é proporcional à amabilidade, honra e autoridade desse ser. Visto que Deus é infinitamente amável, possui honra infinita e autoridade infinita, nossa obrigação de amar, honrar e obedecer a Deus é infinita".

Continuemos nossas observações racionais sobre a natureza do ser eterno. Se tal ser existe, e vimos que ele tem de existir, então, sua única obrigação é para consigo mesmo, pois nada existe que possa obrigá-lo a qualquer coisa. Ele não violaria nenhuma lei, se fosse autocentrado.

Além disso, se ele fosse o padrão de tudo que é certo, nada poderia criticar essa autocentralidade; pois um ser criado não teria a existência eterna e perfeita que lhe permitiria suscitar a questão de impropriedade.

A próxima coisa que veríamos é que este ser eterno e perfeito teria todo o conhecimento. Mas esse conhecimento seria o conhecimento de si mesmo. Pois tudo que existe é e procede dele mesmo; portanto, conhecer a si mesmo é conhecer todas as coisas.

A maior coisa que este ser poderia fazer por qualquer coisa ou qualquer outro ser seria revelar a si mesmo e dar o conhecimento de si mesmo. Pois, se este ser original, que é eternamente perfeito, é a soma de todo conhecimento e de tudo que é bom e correto, expressar e revelar a si mesmo, para ser conhecido, é o maior dom que ele poderia dar.

Este ser não somente seria a fonte de toda a existência, porque toda vida extrairia sua existência deste ser, mas também possuiria o único poder inerente que existe. Toda outra autoridade seria delegada ou outorgada, mas a autoridade deste ser é inerente. Não poderia haver poder maior para dar ordens a este ser. Portanto, este ser seria soberano sobre toda coisa que não é semelhante a ele mesmo, ou seja, que não é autoexistente, perfeita e eterna.
Este ser seria completo e não seria mudado, positiva ou negativamente, por qualquer coisa que ele criaria. Seria totalmente autossuficiente, porque é totalmente autoexistente.

Portanto, este ser seria plenamente feliz em e consigo mesmo. Nada poderia ser acrescentado a ou tirado de seu gozo em si mesmo. Poucos teriam ousado admitir esta doutrina que Edwards propagou! Deus é infinitamente feliz, porque ele é o Deus sempre "bendito". E, argumentando com base na imutabilidade de Deus, se ele tem sido sempre feliz, ele tem de ser eternamente feliz. Edwards o expressou nestes termos: "Não há verdadeiramente em Deus qualquer coisa como dor, tristeza e inquietação".

Nesta altura, temos de admitir que alguma coisa que sempre existiu é alguma coisa eterna, perfeita, justa, onipotente, onisciente, imutável, autossuficiente e jubilosamente feliz consigo mesma, à parte de qualquer outra pessoa ou qualquer outra coisa.

Mais uma coisa que é uma consequência necessária da existência de Deus como este: ele tem de se opor e punir todos que o rejeitam; pois tolerar e aceitar aqueles que se opõem a ele e o rejeitam seria negar a si mesmo e negar aquilo que é o maior bem. Aquilo que é, em si mesmo, o padrão teria de denegrir o padrão que ele mesmo estabeleceu.

Edwards conclui que todas as perfeições possíveis estão implícitas na própria existência deste Ser divino: "Ter [algumas] perfeições e não todas é o mesmo que ser finito. Isto é incoerente com existência independente e necessária".

Este tipo de argumentação deixa o homem não regenerado sem desculpa – exatamente o que o apóstolo Paulo disse. Edwards concordava com o fato de que há dois livros que obrigam os pecadores a se humilharem diante de Deus. Há o livro da Revelação Divina e o livro da revelação natural.

A revelação natural é suficiente para condenar o homem, mas a Revelação Divina é necessária para salvar o homem. Por isso, Edwards era indisposto a abandonar a necessidade de provas da Escritura; mas um homem que rejeita a Escritura não tem lugar para se esconder. Edwards concordaria com o fato de que Deus nos deu a Bíblia, mas a Bíblia não nos dá Deus. Mas tudo que a Bíblia diz sobre o caráter e os atributos de Deus deve ficar bastante claro para o homem não regenerado somente pelo uso da razão.

Edwards diria que o homem não regenerado pode chegar ao conhecimento da verdade, mas, visto que seu coração não é mudado, ele nunca pode responder de maneira salvadora à verdade.

Por último, este Ser eterno que chamamos Deus tem de buscar sua própria glória em tudo que faz. Ele tem de ser o fim de todos os seus pensamentos, ações, decisões e alvos. Por isso, na mente de Edwards, tudo que Deus faz é para si mesmo e para sua glória.

Deus tem sempre de fazer tudo para si mesmo, pois fazer isso por qualquer razão menor seria negar a si mesmo. E isso seria pecado contra ele mesmo, o que ele não pode fazer.
A essência da verdadeira virtude é fazer o bem mais elevado possível tendo o motivo ou a razão mais elevada possível. Se pessoas fazem alguma coisa boa, e poderiam fazê-la movidas por um objetivo maior do que o objetivo pelo qual a fizeram, tal coisa boa não é a coisa mais virtuosa que elas poderiam fazer.

Alguns argumentam que isto mostra a Deus como um ser egoísta. Mas o egoísmo é errado somente quando se manifesta às custas do bem de outros. Somos egoístas quando não nos importamos com o que acontece com os outros e fazemos o que nos traz prosperidade, não importando como isso prejudica o resto do mundo.

No entanto, Deus não pode ser egoísta porque, quando ele busca sua própria glória, acima de todas as outras considerações, está também buscando o bem de suas criaturas, que só acharão sua realização plena na felicidade dele!

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Ed. Fiel

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* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
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NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM