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sábado, 15 de agosto de 2009

ISAAC WATTS- Grandes nomes congregacionais




por Kristen Johnson
Tradução e adaptação: Joelson Gomes


Emergindo das experiências impetuosas da Reforma, as igrejas protestantes desejaram ardentemente permanecer fiéis ao seu grito de guerra de "sola scriptura" em todos os detalhes da fé e da vida. Uma das implicações desta situação foi encontrada no seu ponto de vista sobre música sacra. A maioria (exceto os luteranos, que se voltaram para uma hinódia relativamente precoce) acreditava que, mesmo na área da música, a Bíblia deveria ser a revelação suficiente.
John Calvino, em particular, era um campeão da noção de que a música sacra deveria ser constituída de nada mais nada menos do que os Salmos de Davi. A maioria, na verdade, que acompanhou Calvino insistiu que Deus tinha oferecido ao seu povo com um conjunto de hinos inspirados nas Sagradas Escrituras, sobretudo nos Salmos, e isso foi para que não pronunciemos Sua obra de forma incompleta ou inadequada. Os Salmos, portanto, foram metrificados e utilizados quase desacompanhados no culto pelas primeiras gerações logo após a Reforma. O Livro de Salmos da Baía - também conhecido como O Livro dos Salmos - publicado primeiramente em 1562, pelos congregacionalistas “Pais Peregrinos”, colonizadores da América, foi a antologia padrão desses Salmos metrificados até 1696, quando Nahum Tate e Nicholas Brady atualizaram a antologia.
Isaac Watts, Nasceu em Southampton, Inglaterra, em 17 de Julho de 1674, como o primeiro filho de uma família de origens humildes e carrega o título de: "o pai da hinódia inglesa".
Watts foi o mais velho de nove irmãos. Os seus pais faziam parte da Above Bar Congregational Church, e foi preso duas vezes por suas convicções religiosas, não desistindo de prestar culto nesta igreja.
O ancião Watts pertencia aos dissidentes, ou “Não conformistas” - a marca do puritanismo Inglês. Apesar da idade Watts chegou perto do final da segunda geração de dissidentes, a sua vida e trabalho provaram serem tão radicais como seus antepassados religiosos.
Ele foi educado por seu pai e ensinado, desde muito jovem, no latim, hebraico e grego. Por ser um jovem promissor lhe foi oferecida uma formação universitária, em que ele iria estuda com o fim de ser ordenado como um ministro anglicano, Watts recusou a oferta e recebeu o ensino superior em uma academia dos “dissidentes” em Stoke Newington, em 1690, Graduou-se aos vinte anos e voltou para casa quando começou a escrever hinos.
Desde a mais tenra idade, Watts se mostrou uma promessa na área da prosa e retórica.
Sua mente para a retórica e a poesia só cresceu com a idade. Um dia Watts fez saber a seu pai o seu aborrecimento com a métrica dos Salmos. Seu pai desafiou-lhe para não reclamar, mas para produzir algo que valesse a pena cantar. Watts aceitou o desafio e produziu mais de 700 hinos, salmos, e canções espirituais.
Formado pastor assumiu o pastorado de uma igreja independente (um dos nomes dos Congregacionalistas ingleses na época), a mais famosa igreja congregacional da época, Mark Lane Congregational Church, em Londres.
A controversa questão da época era saber se deveria ou não a musica no culto ficar confinada, como Calvino insistiu, a real linguagem da Bíblia. Embora os seus próprios hinos fossem muito Calvinistas, muitos não aceitaram o seu trabalho porque não eram a própria Escritura. Watts acreditava que, embora os antigos escritores devessem ser imitado, não deviam ser copiado. Além disso, se alguém podia orar a Deus espontaneamente e não nas palavras exatamente da Escritura, porque não poderia cantar assim?
Watts não abandonou completamente o canto das Escrituras. Ao contrário, uma das suas mais aplaudidas realizações foi reescrever os salmos de Davi em verso rimado no Inglês. Sua bem conhecida "Alegria ao Mundo" é um exemplo.
Watts foi oficialmente introduzido na América, em 1729, quando Benjamin Franklin reimprimiu os Salmos de Davi.

Geralmente o trabalho de Watts não foi aceito nas igrejas Americanas até o 1740s com o “Grande Despertamento”. O estilo de pregação animada de George Whitefield fez necessário ser completado com algo diferente dos dissonantes sons da métrica seca dos Salmos. Watts, juntamente com alguns outros compositores de hinos Ingleses provou ser a perfeita solução. Whitefield desempenhou um grande papel na introdução do hino cantando na Nova Inglaterra, e conseqüentemente um acelerado interesse em cantar hinos o que aumentou a popularidade do trabalho de Watts.
O congregacionalista americano e peça chave do Grande Despertamento, Jonathan Edwards comentou em 1742 que a sua congregação em Northampton cantava os hinos de Watts quase excluindo o canto dos Salmos. Entre Watts e Edwards havia um respeito mútuo e cada um fez o trabalho do outro bem conhecido na sua própria terra. Para Watts, isso significava leitura do livro de Edwards A Fiel Narrativa da Surpreendente Obra de Deus para sua congregação e supervisionar a sua impressão; para Edwards isso significava introduzir os hinos de Watts em seus serviços regulares de culto.
Watts nunca casou, e morou com a família de Sir Samuel Abney por mais de trinta anos, principalmente devido à sua saúde frágil. Ele foi considerado inválido a maioria de sua vida.
Watts partiu para a glória em 25 de Novembro de 1748, seus documentos foram entregues a Universidade de Yale, uma instituição com a qual ele estava ligado por ela ter sido fundada predominantemente pelos seus colegas Independentes (Congregationalistas).



Fontes:

• http://en.wikipedia.org/wiki/Isaac_

• http://www.wholesomewords.org/biography/bwatts6.htmlWatts

• http://mghhistor.blogspot.com/2006/07/eminent-christians-11-isaac-watts.html

• HOOD, Edwin Paxton. Isaac Watts: His Life and Writings: His Homes and Friends. Disponivel em:
http://books.google.com.br/books?id=2gwDzv9K85cC&pg=PA2-IA2&lpg=PA2-IA2&dq=Above+Bar+Congregational+Church+isaac+watts&source=bl&ots=IF_XK3ST-e&sig=GZiZg1HOh5wya7_-cfHVX2Obyr4&hl=pt-BR&ei=c66HSpr7D46UtgfUn9TnDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1#v=onepage&q=&f=false


3 comentários:

REGINALDO A D SANTOS disse...

PAZ DO SENHOR JESUS CRISTO!
ESTOU ACOMPANHANDO SEU BLOG (GRAÇA PLENA)FAZ POUCO TEMPO E NOTEI A EXCELÊNCIA DOS TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS, MUITO EDIFICANTE.
QUE DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO.
ESTAMOS TODOS JUNTOS PELO MESMO PROPÓSITO:
FAZER A VONTADE DE NOSSO AMADO SENHOR E SALVADOR.
JESUS VEM BREVE!
VINDE SENHOR JESUS!
REGINALDO A.D. SANTOS E SILVANA G.

Unknown disse...

Jamais permita que pedras interrompam
tua caminhada:
quando chegares ao teu destino teus pés
estarão mais fortes.
Jamais permita que o desânimo te faça
desistir!!!
quando elas forem atingidas terás ânimo renovado.
Jamais permita que maledicências roubem
o teu equilíbrio emocional:
quando a Verdade furar essas nuvens negras,
tua saúde mental não terá sido abalada.
Jamais permita que discórdias te façam
perder a Fé em teus amigos:
quando chegar a calmaria não terás feito inimigos.
Jamais permita que a competição pelo sucesso
coloque em ti dúvidas quanto às tuas capacidades:
chegada a hora da colheita, colherás os benefícios
da confiança em ti mesmo.
Jamais permita que "conselhos" de
pessoas infelizes quebrem tuas convicções:
ao final estarás salva de ser infeliz também.
Jamais permita que bajulações te impeçam
de enxergar com clareza:
teus olhos postos imparcialmente nos teus feitos
te ajudarão a corrigir tuas possíveis e humanas falhas.

Maravilha de postagem. Parabéns.

Graça e paz!

Edimar Suely
jesusminharocha2.zip.net

Unknown disse...

Olá, Parabéns pelo blog!

Gostaria de recomendar o livro "Salmos de Davi Rimados".
As "Relíquias Milenares" agora lapidadas poeticamente pela pena de um brasileiro chamado Geraldo Peres Generoso.

Contato com o escritor Geraldo Generoso: geraldo156@itelefonica.com.br

"De júbilo meu cálice está pleno,
Aprendi a beber Tuas alegrias.
E sob o Teu teto sinto-me sereno,
Sob o qual habitarei por longos dias"

Paz e Luz a você e aos seus leitores!
Claudia Zamonel
cczclaudia@ig.com.br

* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
___________________


NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM