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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

D. L. MOODY- Grandes nomes congregacionais


A vida de D.L. Moody é a evidência dramática do poder de Deus em transformar um indivíduo. Com a graça de Deus, um homem novo, rústico, iletrado e inarticulado transformou-se em um evangelista poderoso que atraia milhares de pessoas na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Seu ministério começou entre os pobres urbanos de Chicago, e permaneceu sempre alguém a quem as pessoas normais ouviam contentes; mas sua pregação também teve um impacto poderoso na nobreza da Inglaterra, e em multidões de estudantes universitários.
Dwight Lyman Moody nasceu em 1837, como o sexto filho de Edwin e Holton Betsy Moody, na vila rural de Northfield, Massachusetts. Seu treinamento religioso foi na Igreja Unitária local, onde sua mãe viúva freqüentava com sua família.
Na idade de dezessete foi procurar fazer fortuna na cidade de Boston, onde terminou vendendo sapatos para seu tio Samuel Holton. Este o convidou para ir a sua igreja, a Igreja Congregacional de Mount Vernon, que, ao contrário de sua igreja não era unitária, mas Trinitariana e evangélica. Foi seu professor da Escola Dominical Edward Kimball quem o conduziu a confiar em Cristo para sua salvação. Isso aconteceu em uma visita de Kimball ao trabalho de Moody, onde em conversa pregou-lhe o evangelho.
Quando começou a freqüentar a igreja os diáconos descobriram que ele se expressava tão mal que não estavam certos se era realmente convertido. Seu pedido para ser membro da igreja foi negado e ficou um ano recebendo mais instrução.
Moody era um homem de energia ilimitada e ambição. Foi muito bem nos negócios em Boston, mas após por algum tempo veio a sentir que não havia suficientes oportunidades para ele lá. Em 1856 transportou-se para a cidade ocidental de Chicago. Em Chicago ele continuou a primar nas vendas, e se envolveu no trabalho da Escola Dominical na Igreja Congregacional Plymouth. Foi muito bem sucedido em trazer crianças de Bairros pobres de Chicago, e ele logo estava presidido talvez a maior Escola Dominical no país, com um comparecimento de 650 pessoas.
No início não tentou pregar ou ensinar, mas usou outras pessoas para fazer isto. Seus primeiros esforços no discurso público aconteceram ocasionalmente quando não podia encontrar bastante ajuda para sua Escola Dominical, e assim quem tinha que ir ao púlpito era ele mesmo.
Moody também de juntou a Chicago YMCA (Associação Cristã de Moços), e falou em convenções da mesma ao redor do país. (Neste tempo o YMCA era uma força evangelística poderosa nas cidades da América.). Um desenvolvimento espiritual maior veio enquanto ministrou aos soldados feridos durante a guerra civil.
Em 1862 casou-se com EmmaC. Revell, com quem teve uma filha e dois filhos, um deles
Paul Dwigth foi pastor na Igreja Congregacional do Sul em St. Jonsbury, de 1912-1917.
Seu sucesso nas Escolas Dominicais cada vez mais concorridas o levaram a pensar em abrir um templo para suas pregações. Finalmente, em 28 de fevereiro de 1864, a Illinois Street Church (agora a Igreja Moody) abriu em prédio próprio com Moody como pastor.
O seu sucesso fenomenal como evangelista começou durante uma visita a Grã-Bretanha em 1873. Estava com ele Ira Sankey, um cantor evangélico cuja voz tinha um impacto emocional poderoso. Foi depois que aceitou um convite para conduzir reuniões em Edimburgo, Escócia, que a resposta extraordinária a sua pregação começou a ser considerada. Os escoceses eram notoriamente reservados e naturalmente suspeitavam da ortodoxia de alguém fora de seu círculo, mas seus corações foram derretidos pelo estilo simples e realista de Moody, de como falou do amor de Deus, e instou para que recebessem Sua graça.
Após campanhas evangelísticas poderosas em Glasgow, Belfast, Dublin, e várias cidades na Inglaterra, culminaram com uma missão em Londres, depois retornou a América e continuou a pregar arrebanhando multidões nas cidades principais. Seus sermões e os relatórios de suas reuniões foram publicados em jornais através do país. Os livros de hinos que ele produziu com Ira Sankey tornaram-se muito apreciados ao redor do mundo, e poderiam tê-lo feito rico, mas ele doou todos os direitos aos seus vários ministérios.
Sendo um pregador iletrado, seu o impacto sobre os estudantes universitários era especial notável. Em 1882, uma recepção inicialmente hostil na Universidade de Cambridge, na Inglaterra terminou em conversões numerosas. A escola Monte Hermon, que começou em Northfield, Massachusetts, produziu muitos missionários, e foi a inspiração para o movimento mundial dos Estudantes Voluntários.
Entre 1884 e 1891, Moody mostrou-se ativo em campanhas evangelísticas nos EUA e no Canadá. Estabeleceu o Instituto Bíblico de Chicago que mais tarde mudou de nome para
Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo.
Apesar da fama mundial, Moody permaneceu humilde. Estava sempre ansioso para aprender o que quer que pudesse daqueles com mais instrução. Ao fim de seus dias prevaleceu o que ele havia dito uma vez: “D. L. Moody, um homem ordinário a quem o Senhor usou para fazer coisas extraordinárias”.
Moody morreu 22 de dezembro de 1899, cercado por sua família.


Fonte:

Foreese, revista da Conservative Congregational Christian Conference, July/August 2008 Volume 40, No. 4

Adapt. e tradução Joelson Gomes com fontes:

Moody Ministries


2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Joelson. Importante contribuição para a historia do congregacionalismo. Um detalhe, eu sempre pensei que o Moody era batista. Ao que me consta no livro Cristianismo através dos séculos, o autor indica isso. Um abração.

JOELSON GOMES disse...

Obg pelo comentário Professor. As vezs existem alguma informações desencontradas. Deus lhe abençoe e volte e comente sempre.
Joelson

* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
___________________


NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM