Nas questões sociais, sendo defensores da abolição da escravatura e também muito ativos na questão educacional. Conscientes do valor de líderes treinados e de uma abordagem mais racional da fé, as Igrejas Congregacionais iniciaram um programa de organização e sustento de faculdades que tem durado até hoje. A primeira de uma longa lista foi a Universidade de Harvad fundada em 1636. Depois vieram Yale, Amhurst, Bowdoin, Carlton, Grinell, Dartmouth, Mount Holyoke, Oberlin, Pacific, Pomona, Smith e Wellesley e muitas outras.[1]
Os cristãos Congregacionais sempre foram vanguardistas em vários feitos na história do protestantismo mundial. A seguir algumas áreas onde este pioneirismo dos Congregacionais se fez sentir.
a)Educação. 1- A escola pública mais antiga que tem funcionado nos Estados unidos da América foi fundada pelos Congregacionais em 1635.
2- Também em 1636 os congregacionais fundaram o Harvard College, para servir como centro de treinamento para os futuros pastores, o que veio a se tornar a Universidade de Harvard.
3- Em 1701, foi fundado o que hoje se chama a Universidade de Yale, cujo primeiro nome era Collegiate School, com o propósito de treinar os futuros pastores das igrejas.
4- Em 1817, o Pr. Thomas Gallaudet abriu um asilo em Connecticut para a instrução de surdos e mudos. Em 1856 este estabelecimento foi nomeado a mais antiga universidade para surdos aberta em Washington, e a primeira escola para a comunidade surda na América do norte.
5- Em 1833 os Congregacionais fundaram o Oberlim College, em Ohaio. Este foi o primeiro colégio dos Estados Unidos a atribuir a quatro mulheres a sua colação de grau.
6- Os Congregationalistas organizaram o Seminário Teológico de Andover, em 1807. Este é o primeiro seminário do protestante em América.
b)Imprensa. 1- O The book Salmos Bay, foi o primeiro livro a ser publicado nos Estados Unidos, e a Pilgrim Press (Editora hoje dirigida pela United Church of Christ, maior denominação congregacional americana), a mais antiga editora.
2- A primeira Bíblia impressa na America do Norte foi uma tradução feita pelo congregacionalista John Eliot, na língua indígena Algonquin, em 1663. Eliot tinha começado a pregar na língua desse povo desde 1646.
c) Direitos Humanos. 1- Os Congregacionais foram os primeiros a se opor a escravidão. Sua luta começou em 1700, quando o puritano Samuel Sewall, chefe de justiça do Superior Tribunal de Massachussets, escreveu o primeiro tratado antiescravagista da América.
2- Em 1735, Phillis Wheatley foi a primeira negra a ter seus escritos publicados. Sendo ela uma Congregacional.
3- Em 1785, a Igreja Congregacional em Granville, Massachussets, colocou o negro Lemuell Hynes como seu ministro. Ele foi o primeiro africano americano ordenado pastor em uma das principais tradições protestantes americanas.
4- Em 1839, o congregacional John Quincy Adams apelou perante o supremo Tribunal de justiça pela liberdade dos escravos-Amistad, que estavam mantidos cativos a bordo da escuna[2] Amistad[3], depois de terem sido vendidos ilegalmente para a escravatura. Este foi o primeiro caso de Direitos Humanos argumentado no supremo Tribunal dos Estados Unidos. Os Congregacionais também lideraram o esforço para formar a Comissão Amistad, para educar e cuidar dos cativos. Esta comissão evoluiu mais tarde tornando-se a Associação Missionária Americana. Após a Guerra Civil (1861-1865), esta associação trabalhou com africanos americanos que encontrou. Também foram formadas centenas escolas e igrejas em todo sul do país, para educar os escravos libertos e seus filhos. Estas se tornaram nas primeiras escolas inter-raciais dos Estados Unidos, com os brancos viajando para o Sul, para ensinar nestas escolas. As escolas eram freqüentadas por filhos de escravos e de libertos, e também pelos filhos dos próprios professores.
5- Foi o Congregacionalismo pioneiro na valorização da mulher, sendo que a primeira mulher consagrada ao ministério foi em uma igreja Congregacional, Antoinette Brown, em 1853.[4]
[1] Conforme <http://pilgrimcongregationalchurch.org/home.cfm> Acesso 02/02/2008
[2] Antigo navio a vela.
[3] Sobre o fato foi feito um filme de sucesso por Steven Spilberg, Amistad (1997).
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