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terça-feira, 30 de setembro de 2008

* HENRY JACOB E A PRIMEIRA IGREJA CONGREGACIONAL PERMANENTE NA INGLATERRA.

Primeira Igreja Congregacional em Manchester


Um dos nomes mais importantes na história das origens do Congregacionalismo inglês foi Henry Jacob (1563-1624). Ele é considerado até o fundador dos Independentes ou Congregacionais puritanos na Inglaterra.[1] Juntamente com William Ames (1576-1633), o proeminente teólogo exilado na Holanda e William Bradshaw (1571-1618), grande escritor puritano, Jacob deu os contornos da posição independente ou Congregacional, não-separatista, da qual descende o Congregacionalismo moderno.Jacob era um clérigo ordenado e ativo no movimento de reforma puritana dentro da Igreja da Inglaterra. Por seu trabalho em prol dos dissidentes e por suas discussões com Francis Johnson por uma reforma moderada dentro da Igreja Anglicana, foi posto na prisão.Depois, Jacob foi exilado na Holanda e em Leyden se tornou membro da congregação de John Robinson que havia também fugido para ali desde 1608.[2] Passado algum tempo começou ele mesmo uma congregação em Middelburg, onde encontrou-se também com William Ames. Com seu trabalho missionário ajudou a estabelecer um bom número de congregações não-separatistas entre 1609 e 1616.Em 1616, Jacob retornou a Inglaterra e começou a por em prática seus conceitos de um tipo novo de política congregacional. Ele ensinava tradições mais avançadas de separatismo, seu conceito era de que a autoridade descansava na congregação e em seus membros, não na Igreja Nacional.Na época, Southwark, Londres, era a fornalha do não-conformismo inglês, lugar onde as pessoas estavam insatisfeitas com os rumos da Igreja Anglicana. Ali então, Jacob deu forma a uma igreja nos moldes do Novo Testamento.[3] Foi escolhido então como seu pastor por votação, com oração e imposição de mãos.[4] Esta igreja em Southwark é apontada como a primeira Igreja Congregacional estabelecida e permanente na Inglaterra.[5]

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NOTAS.


[1] SANTOS, Gilson. “A Confissão de Fé Batista de 1689”, p. 7, disponível em <http://www.crbb.org.br/> Acesso em 25/08/07; CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos, 2a ed. (São Paulo: Vida Nova, 2006), p. 274.

[2] WALKER, Williston. História da Igreja Cristã, 2ª ed. (Rio de Janeiro: JUERP/ASTE, 1980), p. 552; CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos 2a ed (São Paulo: Vida Nova, 2006), p. 274.

[3] DEXTER, Henry Martyn, A Hand-Book of Congregationalism (Boston: Congregational Publishing Society, 1880), p. 9; CAIRNS, Earle E. p. 274.

[4] Conforme WADDINGTON, John. “The Church in Southwark” em <http://oll.libertyfund.org/?option=com_staticxt&staticfile=show.php%3Ftitle=857&chapter=144852&layout=html&Itemid=27> Acesso em 27/08/07.

[5] SANTOS, Gilson. “A Confissão de Fé Batista de 1689”, em <http://www.crbb.org.br/> Acesso em 25/08/07. Apesar de que alguns apontam não essa congregação, mas a que foi organizada em Scrooby perto de 1600 como a primeira. Conforme DEXTER, Henry Martyn. p. 9; e também <www.lynngallup.org/appen_g10.htm> Acesso em 23/08/07.

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* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
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NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

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