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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

THOMAS HOOKER- Grandes nomes congregacionais


Thomas Hooker nasceu em 1586, em Leicestershire, Inglaterra; frequentou a Universidade de Cambridge, obtendo grau de Bacharel em 1608 e mestrado em Artes em 1611, tornou-se um puritano devoto. Na década de 1620 Hooker serviu uma congregação em Essex, onde se tornou amplamente conhecido por sua excelente pregação. Por causa de suas visões puritanas, no entanto, ele atraiu a atenção das autoridades anglicanas, que o obrigou a deixar a Inglaterra. Ele finalmente se estabeleceu em Roterdã, na Holanda, e ali recebeu o chamado para o ministério da congregação Newtown (Cambridge) na colônia americana de Massachusetts (EUA).

Hooker nunca foi feliz em Newtown. Sua congregação estava insatisfeita com a sua terra, e Hooker mostrou certa incompatibilidade com os líderes de Massachusetts. Em 1636 a congregação em Newtown recebeu permissão para emigrar, e Hooker levou a maioria deles para Connecticut.

Ali se estabelecendo Hooker fez uma excelente contribuição para a colônia em um sermão no qual ele aplicou os princípios do Congregacionalismo a organização política. Usado como base para as ordens fundamentais, o sermão enfatizou a eleição de funcionários públicos e a limitação do seu poder pelo eleitorado. Embora as ideias de Hooker parecessem altamente democráticas, elas foram rigorosamente qualificadas. Seu "povo" se limitava a membros que participassem da igreja puritana, e sua ênfase sobre o uso responsável do poder excluía uma desenfreada regra popular.

Hooker não diferia do puritanismo ortodoxo da Nova Inglaterra, apesar de ter exercido suas crenças com mais humanidade do que seus colegas. Enquanto vivia em Newtown, ele debateu com Roger Williams, e depois de se mudar para Connecticut, ele voltou para Massachusetts para atuar no tribunal que considerou o famoso caso de Anne Hutchinson por heresia .

Seu panfleto "Um exame do somatório da Disciplina da Igreja", é uma excelente explicação e defesa do Congregacionalismo na Nova Inglaterra, e ele manteve seu pastorado em Hartford até sua morte em 07 julho de 1647. É considerado fundador e líder espiritual da colônia de Connecticut.


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* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
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NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM