Pesquisar este blog

Vem me seguir também...vem

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

JEREMIAH BURROUGH- Grandes nomes congregacionais


Jeremiah Burrough nasceu 1599, e foi educado em Cambridge. Tendo terminado seus estudos na universidade, ele entrou no trabalho ministerial, e foi escolhido colega de Edmund Calamy, na Bury St. Edmund's.

Em 1631 se tornou reitor da Titshall no condado de Norfolk, mas após a publicação dos artigos de Visitação do bispo Wren, em 1633, ele foi suspenso e privado de sua vida. Burroughs se abrigou por algum tempo da opressão eclesiástica da época sob o teto hospitaleiro do conde de Warwick, mas o nobre conde foi incapaz de dar-lhe mais proteção, e ele logo percebeu que era necessário refugiar-se da perseguição que se alastrou na Inglaterra contra os puritanos indo para a Holanda.

Após sua chegada na Holanda, ele se estabeleceu em Roterdã onde se tornou professor da Igreja Congregacional, da qual o Sr. William Bridge foi o pastor.

Burroughs foi cordialmente recebido pela igreja, onde continuou um trabalhador zeloso e fiel por vários anos, e ganhou uma reputação muito elevada entre as pessoas.

Após o início da guerra civil, quando o poder dos bispos já não era perigoso, ele retornou à Inglaterra, não para pregar sedição, mas a paz pela qual ele orou fervorosamente e sustentou. Foi muito honrado e estimado, e tornou-se uma figura muito popular e admirado pregador. Foi escolhido pelas congregações de Stepney e Cripplegate, em Londres que na época representavam duas das maiores congregações na Inglaterra. Burroughs pregava em Stepney, às sete horas da manhã, e o Sr. William Greenhill, às três da tarde. Estes dois homens foram denominados, por Hugh Peters de as estrelas de Stepney.

Ele foi escolhido para participar da Assembléia de Westiminster, sendo um dos irmãos dissidentes ali e se conduzindo com grande sabedoria e moderação. Se uniu com o Sr. Thomas Goodwin, Philip Nye, e Sympson Sydrach, também congregacionais, na publicação da Narração Apologética em defesa de seus próprios sentimentos peculiares. Os autores deste trabalho afirmavam que toda a congregação tem poder em si suficiente para regular e governar todas as preocupações religiosas, e não está sujeita a nenhuma autoridade espiritual externa, seja qual for. Os princípios sobre os quais fundaram o seu sistema de governo da Igreja foi o de que este governo deveria se conformar com cada detalhe que as Escrituras prescrevem sem levar em conta as opiniões ou práticas dos homens, deixando-se, porém espaço para alterações ao receber mais luz da Palavra de Deus. Em conformidade com esses princípios, o Sr. Burroughs uniu-se com os seus irmãos para escrever e publicar as suas razões contra certas proposições relativas governo presbiteriano.

Após seu retorno do exílio, Burroughs nunca reuniu uma congregação separada, nem aceitou qualquer benefício paroquial, mas continuou a esgotar a sua força através da pregação constante, e outros serviços ministeriais para o benefício da igreja de Cristo.

Ele era de um espírito manso e amável, mas ele tinha alguns amargos inimigos, que para sua desgraça, derramaram sobre ele as mais amargas falsidades.

Seu trabalho incessante e as dores causadas pelas distrações dos tempos, muito contribuíram para acelerar o seu fim.

Ele morreu em 14 de novembro de 1646 com 47 anos de idade.

______________

A Puritans Mind


OBRAS

Um comentário:

Rafaela, Rebeca e Charlys disse...

Muito bom conhecermos um pouco mais da nossa história! Mais uma vez parabéns!

* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
___________________


NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM