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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

* P.T. FORSYTH (1848-1921)- Grandes nomes Congregacionais.


Peter Taylor Forsyth, também conhecido como P T Forsyth, (1848-1921), era escocês. Filho de um carteiro, Forsyth estudou na Universidade de Aberdeen e, em seguida, em Göttingen. Ele foi consagrado ao ministério e serviu como pastor Congregacional em Manchester, Leicester e Cambridge, antes de se tornar diretor do Colégio Hackney, Londres.
Um dos seus primeiros interesses foi pela teologia crítica, no entanto, cada vez mais ele chegou à conclusão de que a teologia liberal falhou em tratar de forma adequada para o problema moral da má consciência. Isto o levou a uma crise moral que encontrou solução na obra a de Cristo. Esta experiência o levou a ter um vigoroso interesse pelos assuntos: santidade e expiação.
Embora Forsyth tenha rejeitado muitos das tendências liberais ele reteve muitas das críticas de Adolf von Harnack para com a cristologia calcedônica (referência a doutrina de Cristo aprovada no Concílio de Calcedônia 451 d. C.). Isto o levou a esposar uma doutrina da encarnação (claramente influenciado pelo Bispo Charles Gore e Thomasius). Ele difere de outras Teologias da expiação pela alegação de que Cristo não desistiu de seus atributos divinos quando se encarnou, mas condensou-os, ou seja, para Forsyth, a encarnação era a expressão da onipotência de Deus e não a sua negação. Sua teologia e ataques ao Cristianismo liberal pode ser encontrada em sua obra mais famosa: The Person and Place of Christ (1909), que antecipou muito da teologia neo-ortodoxa da próxima geração a sua. Ele tem muitas vezes sido chamado de "Barthiano antes Barth” (uma referência ao teólogo reformado suíço Karl Barth, conhecido pela renovação na Teologia no séc. XX), mas ele tinha muitas áreas de divergência com o pensamento do teólogo suíço.
Embora muitas das mais significativas idéias de Forsyth, em grande parte ainda sejam ignoradas, ele está entre os maiores teólogos de fala inglesa do inicio do séc. XX.


PUBLICAÇÕES:


*'Pulpit Parables for Young Hearers'. With J. A. Hamilton. Manchester/London: Brook & Chrystal/Simpkin, Marshall & Co.; Hamilton, Adams & Co., 1888.
*Religion in Recent Art: Being Expository Lectures on Rossetti, Burne Jones, Watts, Holman Hunt, and Wagner'. New York: AMS Press, 1972 (reprinted from the 3rd edition, 1905; 1st ed. 1889)
*'The Charter of the Church: Six Lectures on the Spiritual Principle of Nonconformity'. London: Alexander & Shepheard, 1896.
*'The Holy Father and the Living Christ'. London: Hodder & Stoughton, 1897.
*'Intercessory Services for Aid in Public Worship'. Manchester: John Heywood, 1896.
*'Rome, Reform and Reaction: Four Lectures on the Religious Situation'. London: Hodder & Stoughton, 1899.
*'The Taste of Death and the Life of Grace'. London: James Clarke, 1901, included in God the Holy Father. Blackwood: New Creation, 1987.
*'Positive Preaching and Modern Mind: The Lyman Beecher Lecture on Preaching, Yale University, 1907'. London: Hodder & Stoughton, 1907.
*'Missions in State and Church: Sermons and Addresses'. London: Hodder & Stoughton, 1908.
*'Socialism, the Church and the Poor'. London: Hodder & Stoughton, 1908.
*'The Cruciality of the Cross'. London: Hodder & Stoughton, 1910.
*'The Person and Place of Jesus Christ: The Congregational Union Lecture for 1909'. London: Congregational Union of England and Wales/Hodder & Stoughton, 1909.
*'The Power of Prayer'. With Dora Greenwell. London: Hodder & Stoughton, 1910.
*'The Work of Christ'. London: Hodder & Stoughton, 1910.
*'Christ on Parnassus: Lectures on Art, Ethic, and Theology'. London: Hodder & Stoughton, 1911.
*'Faith, Freedom and the Future'. London: Hodder & Stoughton, 1912.
*'Marriage: Its Ethic and Religion'. London: Hodder & Stoughton, 1912.
*'The Principle of Authority in Relation to Certainty, Sanctity and Society: An Essay in the Philosophy of Experimental Religion'. London: Independent Press, 1952 (1913).
*'Theology In Church and State.' London: Hodder & Stoughton, 1915.
*'The Christian Ethic of War'. Eugene: Wipf and Stock, 1999 (1916).
*'The Justification of God: Lectures for War-Time on a Christian Theodicy'. London: Independent Press, 1957.
*'The Soul of Prayer'. London: Independent Press, 1951 (1916).
*'The Church and the Sacraments'. London: Independent Press, 1947.
*'This Life and the Next: The Effect on This Life of Faith in Another'. London: Independent Press, 1946.
*'Christian Aspects of Evolution'. London: The Epworth Press, 1950.
*'Congregationalism and Reunion: Two Lectures'. London: Independent Press, 1952.
*'The Church, the Gospel and Society'. London: Independent Press, 1962.
*'Revelation Old and New: Sermons and Addresses'. (ed. John Huxtable). London: Independent Press, 1962.
*'God the Holy Father'. Blackwood: New Creation Publications, 1987.
*'The Preaching of Jesus and the Gospel of Christ'. Blackwood: New Creation Publications, 1987.

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* CONGREGACIONALISMO, O QUE É ISSO?

Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local. Este tem sido declarado como o sistema primitivo que representa a forma mais antiga de governo da Igreja. O Congregacionalismo moderno, no entanto, data a partir da Reforma Protestante.

Já em 1550, há indícios de homens e mulheres se reunindo para pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos como separados da Igreja nacional da Inglaterra (Anglicana).

Quando ficou claro que a rainha Elizabeth I não tinha a intenção de uma reforma radical da Igreja inglesa, o número dessas comunidades separadas aumentou.

Robert Browne, o primeiro teórico do sistema, insistia em que estas «igrejas separadas", deviam ser independente do Estado e ter o direito de governarem-se a si próprias, estabelecendo assim as linhas essenciais do Congregacionalismo como o conhecemos hoje.

Desde o 1580 os Brownistas (como passaram a ser chamados estes dissidentes) aumentaram em número e os contornos do congregacionalismo tornaram-se mais claramente definidos; igrejas foram formadas em Norwich, Londres, Scrooby e Gainsborough.

O movimento foi impulsionado pela perseguição. Alguns destes separatistas migraram para a Holanda (1607) e depois (1620) para os Estados Unidos da América, onde o Congregacionalismo foi influente na formação tanto da religião quanto da política daquele país.

Na Inglaterra os Independentes (como também eram chamados) formaram a espinha dorsal do exército de Oliver Cromwell. Seus teólogos defenderam a sua posição congregacionalista na Assembléia de Westiminster e os seus princípios foram reafirmados na Declaração Savoy de Fé e Ordem, em 1658.

Mesmo sendo autônomas esta independência das igrejas Congregacionais não as coloca em completo isolamento. Elas reconheceram o vínculo de uma fé comum e de uma ordem e formaram Associações locais de apoio mútuo e estreitamento de relações.

A União Congregacional da Escócia foi formado em 1812; a da Inglaterra e País de Gales em 1832.

Estas uniões não tinham qualquer autoridade legislativa, mas serviram para aconselhar as igrejas e exprimir as suas idéias em comum.

Em 1972 a maior parte das Igrejas Congregacionais na Inglaterra e no País de Gales se uniu com a Igreja Presbiteriana da Inglaterra para formar a Igreja Reformada Unida. Muitas igrejas que não concordaram com esta união formam hoje a Federação Congregacional e a Comunhão de Igrejas Evangélicas Independentes.

Nos E.U.A. na maior parte das Igrejas Cristãs Congregacionais, em 1957 ingressou com a Igreja Evangélica Reformada em uma união para formar a Igreja Unida de Cristo. As igrejas que não concordaram com esta união formaram outras associações até hoje existentes, com destaque para a Associação Nacional de Igrejas Cristãs Congregacionais e para a Conferência Cristã Conservadora Congregacional.

Adpt. Joelson Gomes

The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church 2000, originalmente publicado por Oxford University Press, 2000.

* OS PRIMEIROS CONGREGACIONALISTAS

A maneira Congregacional de igreja na Inglaterra provavelmente tenha seu nascimento em 1567,[1] num pequeno grupo de cerca de cem irmãos que insatisfeitos com tudo o que estava acontecendo dentro da igreja inglesa, começou a se reunir para adorar secretamente no “Salão Plumbers”, Londres. Eles eram chamados de “a Igreja de Privye”,[2] (ou Igreja Privada) transformando-se esta na primeira das muitas congregações separatistas de protesto na Inglaterra. O ajuntamento foi considerado ilegal pelas autoridades, e em 19 de Junho de 1567, e segundo o proeminente historiador Congregacional Williston Walker, os seus membros foram presos, açoitados em público ou mortos.[3] Este dia é considerado por muitos historiadores como o dia da origem moderna da maneira Congregacional de ser igreja.[4] A congregação do Salão Plumbers foi assim dispersa, mas foi logo reorganizada, e agora com mais clareza de sua finalidade. Os seus membros fizeram um pacto entre si para adoração a Deus de acordo com sua compreensão puritana. Mas, mais uma vez foram descobertos, diversos membros foram novamente presos, e outros junto com seu pastor Richard Fitz foram mortos. Mas, a chama não se apagou e a história da Igreja Congregacional é longa, rica, linda e inspiradora.
___________________


NOTAS

[1] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos (São Paulo: Vida Nova, 2006) p. 275.

[2] Conforme “The Reformation in England” em <http://www.ucc.org/about-us/short-course/the-reformation-in-england.html> Acesso em 08/07/07.

[3] História da Igreja Cristã, 2a ed. (São Paulo: JUERP/ ASTE, 1980), p. 547. Conforme também <http://www.usgennet.org/usa/topic/colonial/religion/history.html> Acesso 08/12/07.

[4] Conforme <http://chi.gospelcom.net/DAILYF/2002/06/daily-06-19-2002.shtml> Acesso em 08/12/07.

ACESSE TAMBÉM